Representando o Governo do Maranhão, o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Bira do Pindaré, e o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), Alex Oliveira, anunciaram uma linha de pesquisa exclusiva para a Igualdade Racial. O evento, que ocorreu nesta sexta-feira (20), é parte das ações do Estado em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra.
Para o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Bira do Pindaré, esta linha de pesquisa fortalece o direcionamento do governador Flávio Dino de reconhecimento da identidade, da afirmação e da memória do povo do maranhense.
O edital, segundo o secretário, será lançado em março de 2016, por intermédio da Fapema. Tem como objetivo apoiar pesquisas sobre questões étnicos-raciais no Maranhão. “É uma luta longa, mas que tem que ser encarada com muita força e determinação para que as gerações futuras possam viver em condições de igualdade. Essa iniciativa busca reduzir os indicadores de desigualdade do nosso estado e dar ênfase para pesquisas relacionadas a questões étnico-raciais”.
Destaque no evento com a palestra “Questões étnico-raciais como objeto de pesquisa para o Maranhão: importância e desafios”, o professor Carlos Benedito Rodrigues da Silva, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), parabenizou a Fundação pela iniciativa e afirmou que o Governo do Maranhão tem pautado questões que careciam de atenção há muito tempo. “A sociedade em geral ganhará muito com os resultados de um programa que se propõe a produzir pesquisas com essas especificidades e refletir sobre assuntos étnicos-raciais”, afirmou.
No mesmo sentido, a professora Tatiana Raquel Reis, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), ressaltou que a proposta de uma linha de pesquisa para a Igualdade Racial representa um marco na história do Maranhão. Ela defende o fomento a pesquisas mais próximas da população, que, de fato, beneficiem a população a partir de estudos próximos da realidade de cada povo, de cada comunidade. “A proposta de publicação deste edital traz uma mudança em nível de produção do conhecimento no Maranhão”.
“A possibilidade de incentivar a pesquisa da população negra é, sem dúvida, de grande importância. É uma forma de tornar legítima a produção do conhecimento a partir das nossas experiências de vida”, afirmou professora Tatiana Raquel Reis.