A Secretaria de Estado de Saúde (SES) encerrou, nesta terça-feira (12), uma capacitação para os enfermeiros da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Vinhais, sobre curativos especiais.
O tratamento de feridas é importante na proteção de lesões contra a ação de agentes infectantes, tendo como objetivo a redução e prevenção dos riscos de complicações. Nos dois dias de treinamento, os profissionais realizaram uma atualização de conhecimentos, tendo acesso às mais recentes tecnologias para coberturas e adequações a cada tipo de lesão.
A coordenadora de enfermagem da UPA do Vinhais, Teresa Raquel Pestana, conta que o curso é voltado para a capacitação dos enfermeiros quanto à escolha da forma mais eficaz do tratamento. “Estamos reciclando os profissionais sobre como proceder diante das inúmeras formas que o agravo na pele pode ser apresentado. O ganho é de conhecimento e, com ele, um resultado final de cuidados assistenciais mais especializados”, explicou a coordenadora.
Teresa Raquel Pestana destaca ainda, que cuidar das feridas sempre pareceu ser muito simples. “Era um procedimento onde qualquer pessoa poderia fazer. Hoje sabemos que vários fatores interferem no processo de cicatrização e que o mercado dispõe de uma variedade de produtos que podem ser utilizados com maior êxito. Cuidamos aqui de enfermidades que necessitam da atuação de uma equipe multidisciplinar integrada”.
A enfermeira e palestrante do Curso de Capacitação Teórico e Prática de Feridas e Curativos Especiais, Virgínia Travassos, pontua que a intenção do Governo é fortalecer a educação continuada, que melhore o atendimento à população. “Queremos otimizar e facilitar o processo de cicatrização dos pacientes com todos os tipo de lesões de pele, principalmente, as sequelas do diabetes”, destaca Virgínia Travassos.
Casos de Diabetes
A maioria das complicações que necessitam de curativos é decorrente do diabetes, que é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz.
A população alvo para esse agravo são pessoas na faixa etária de 30 a 69 anos, e no Maranhão são 2.396.638 pessoas que se encontram nessa faixa.
A prevalência é 7,6% da população alvo, os diabéticos estimados são aproximadamente 499.295 portadores; sendo que a cobertura prevista é de 65% dos estimados, o que corresponde em nível estadual, a 324.542 pessoas, bem como o atendimento em Unidades Básicas de Saúde que é de 80%, estimando 259.634 portadores sendo acompanhados.
As regiões maranhenses com maior população alvo para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são São Luís, Imperatriz, Pinheiro e Santa Inês.