Fórum de Enfrentamento à Violência contra a Mulher debate políticas públicas que contemplem todos os ciclos e fases da vida

Abertura do Fórum Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher em Todos os Ciclos de Vida”. (Foto: Rogério Sousa)

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), iniciou, nesta quarta-feira (24), a programação do “Fórum Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher em Todos os Ciclos de Vida”.

“É um momento onde iremos discutir com vários entes a assistência à mulher nos seus vários contextos de vida. Neste sentido, iremos trabalhar a prevenção à violência não apenas enquanto promoção, mas também qualificando e debatendo a política pública como forma de oferta de cuidado integral às mulheres, seja na saúde, como também na segurança, Direitos Humanos e demais áreas participantes”, disse a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Waldeise Pereira. 

O “Fórum Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher em Todos os Ciclos de Vida” tem como objetivo discutir e fortalecer as políticas públicas que contemplem todas as fases do desenvolvimento da mulher. Dessa forma, observa-se também as questões de gênero, de orientação sexual, de raça e etnia, bem como os determinantes e condicionantes sociais que impactam a saúde e a vida das mulheres. 

O primeiro dia do evento contou com a participação de profissionais de saúde de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e Alcântara. Para a chefe do Departamento de Atenção à Saúde da Mulher da SES, Ana Cleide Vieira, o Fórum demarca os 21 dias do ativismo de enfrentamento à violência contra a mulher. “A nossa proposta é que seja fortalecida a rede de cuidado, começando pela forma como a vítima é recebida nos equipamentos. Aqui temos a presença de profissionais de unidades municipais e estaduais, sejam hospitais, maternidades e postos de saúde, e com isso contemplamos todos os tipos de suporte a fim de atender desde a criança até a terceira idade”, afirmou.

Durante os dois dias do encontro, temas como “O enfrentamento às violências contra a mulher em todos os ciclos de vida”, “O cenário da violência contra a mulher no Estado do Maranhão”, “Feminicídio: por que as mulheres são mortas?” e “Aborto Legal: uma garantia de direitos” serão debatidos em palestras e oficinas.

Além das exposições temáticas, o Fórum também oportunizará discussões em grupos de trabalho em quatro eixos diferentes. São eles: saúde, defesa, protagonismo e encaminhamentos, com visão da construção da proposta de portaria estadual sobre a notificação e Aborto Legal. 

A colaboradora da Unidade Mista do Maiobão, Keila Almeida, ressalta a importância do fórum. “Acredito que iniciativas como esta podem contribuir na forma como recebemos as pacientes. Muitas delas chegam até nós cheias de traumas. Assim, penso que o fórum também é um momento para que nós mulheres, sejam profissionais da saúde ou não, estejamos sensíveis umas às outras”. 

Presente na abertura do evento, a delegada da Delegacia da Mulher, Carla Daniele Moraes, destacou que o combate às violências se dá em rede. “Muitas das vezes, as vítimas infelizmente não formalizam os casos de agressão. Então, a partir do momento que podemos dialogar com profissionais da saúde sobre o acolhimento dado à mulher, o atendimento e a notificação podem contribuir nas investigações, de forma que o autor da agressão seja responsabilizado”, disse.

Participaram da mesa de abertura do Fórum Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Waldeise Pereira; a delegada da Delegacia da Mulher, Carla Daniele Moraes; a secretária adjunta da Igualdade Racial, Socorro Guterres; a secretária adjunta dos Direitos Humanos, Silvane Magali Vale; e o perito geral do Estado do Maranhão, Miguel Alves da Silva Neto.