Para implantar as ações do Plano Estadual de Saúde e estabelecer parcerias que vão garantir a atenção integral à saúde da mulher, equipes técnicas das secretarias de Estado da Mulher (SEMU) e da Saúde (SES) estiveram reunidas nesta quinta-feira (15) estudando as ações que vão ser desenvolvidas para garantir o acesso das mulheres a direitos sexuais e reprodutivos.
No encontro ficou definido que as ações vão ser iniciadas no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Nessa data, caravanas vão levar atendimento de saúde, assim como serviços nas áreas jurídica, social e assistencial.
De acordo com a secretária de Estado da Mulher, Laurinda Pinto, os direitos das mulheres nessas áreas precisam ser priorizados.
“Esses direitos estão inseridos no enfrentamento à violência contra a mulher. E o agravante da situação é que há uma rede assistencial e de saúde, mas ela não chega a quem mais precisa: as mulheres da zona rural. Elas sofrem a violência e não tem como receber atendimento. E quando esse atendimento chega, é com distorção. É uma realidade que pretendemos mudar”, revelou Laurinda Pinto.
A técnica da SES, Ana Lúcia Nunes, reconheceu que existe muito trabalho a ser feito, especialmente nos 30 municípios que apresentam o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no estado. “São grandes os desafios: realinhar a atenção à saúde da mulher no âmbito do sistema prisional, assim como nas zonas rural e urbana do estado. Mas estaremos unindo forças, trabalhando juntas, as duas secretarias”.
Direitos Reprodutivos e Sexuais
O Sistema Único de Saúde (SUS), desde 2004, inaugurou um novo modelo de saúde para as mulheres, por meio do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM).
O Plano Estadual de Políticas para Mulheres defende que o termo “direitos reprodutivos” traduz uma melhor denominação no que se refere à saúde da mulher, garantindo a contracepção e o direito de escolha da maternidade, colocando as mulheres na condição de donas do seu próprio corpo.
Já o termo “direitos sexuais”, por sua vez remete ao direito das mulheres de assumirem sua orientação sexual dentro na sociedade.