Vida nova no projeto Salangô

Desde o começo do nosso governo, a nossa equipe tem trabalhado com duas diretrizes essenciais que fixei: mais capacitação para o povo e mais produção para todos. Daí se extraem múltiplas políticas e ações, como os investimentos de R$ 500 milhões com a infraestrutura educacional do nosso Estado, que faremos neste e no próximo ano, preparando-nos para um salto de décadas, depois de um longo período de trevas. É evidente, contudo, que somente capacitação não consegue gerar qualidade de vida às pessoas, disso derivando a permanente preocupação que temos com investimentos públicos e privados aptos a gerar oportunidades. Falo de oportunidades reais, não de ilusões supostamente grandiosas, que em décadas só serviram para gerar votos e lucros para os poucos privilegiados de sempre.

No rumo do desenvolvimento inclusivo, um foco prioritário é retomar com toda a força a vocação do Maranhão para a produção agrícola e pecuária. Cortado por rios perenes e permeado de terrenos próprios ao cultivo, há inúmeros exemplos de áreas propícias ao desenvolvimento da agricultura em nosso território que não receberam a atenção devida do Poder Público.

Na manhã de ontem, estive com o vice-governador Carlos Brandão no município de São Mateus para a retomada de investimentos no projeto Salangô, que vai aumentar a produção nos mais de 2.000 hectares às margens do rio Mearim. Em parceria com a prefeitura da cidade, o Governo do Maranhão está agindo em uma área que foi abandonada, ou por descaso, ou por tenebrosas transações jamais explicadas. Demonstramos, assim, o nosso compromisso com a reestruturação de projetos capazes de recolocar o Maranhão na rota do desenvolvimento, desta feita com eficiência e seriedade.

Não obstante o longo tempo que se passou desde o lançamento do Salangô em 1993, muito pouco foi feito. As imagens de galpões, canais e extensas áreas abandonadas dão o testemunho da frustração dos sonhos de tanta gente. Exemplos como esse são sintomas da desarticulação de nossas cadeias produtivas, substituídas pela equivocada aposta na economia de enclaves e em uma base produtiva pouco diversificada. O resultado disso é que o Maranhão, apontado por Celso Furtado como a porção mais promissora do Nordeste nos seus escritos dos anos 50 e 60, ficou para trás em relação a Estados com mais obstáculos impostos pela natureza.

Mas olhamos para o futuro com muita confiança e esperança. O Governo do Estado vive um novo momento, em que não há mais omissão quanto às questões importantes para o desenvolvimento do Maranhão e dos maranhenses. Como mais um sinal de mudança, sob a coordenação do Vice-Governador Brandão e da Secretaria de Agricultura investiremos R$ 3 milhões para reestruturar o projeto Salangô. Esse investimento será traduzido na recuperação de estradas e estações de bombeamento, na limpeza e reforma dos canais secundários e terciários, entre outras melhorias. Vamos abranger ainda a regularização fundiária de todo o território, o licenciamento ambiental que está pendente para a região e fornecer assistência técnica aos pequenos e médios agricultores.

Nós acreditamos no potencial do Maranhão e, sobretudo, temos a convicção de que suas riquezas são capazes de colocar o Estado como destaque pela superação dos índices sociais negativos. Começamos há poucos meses a trilhar a estrada que nos levará a um novo modelo de desenvolvimento. O Maranhão será exemplo do Brasil que dá certo.