Governo inaugura cooperativa social na Unidade Prisional Feminina de São Luís

Internas aprendem corte e costura, bordado e crochê (Foto: Karlos Geromy)

Foi inaugurada na manhã desta quarta-feira (26) a Cooperativa Social Cuxá, iniciativa que vai incentivar o empreendedorismo social entre mulheres internas de Pedrinhas. O projeto é uma parceria entre o Governo do Maranhão, Instituto Humanitas360 e Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A cooperativa faz parte do programa Justiça Presente e vai atender mulheres apenadas na Unidade Prisional Feminina do Complexo Penitenciário de São Luís, com aulas de corte e costura, crochê e outros segmentos com os quais elas tenham afinidade e possam empreender após cumprirem o processo de ressocialização. As coleções exclusivas produzidas pelas internas serão comercializadas no site tereza.org.br, e a renda será repassada integralmente às cooperadas.

Por meio de evento virtual, representantes do Governo, Instituto Humanitas360 e do Judiciário destacaram a importância da cooperativa para o processo de ressocialização das internas.

O vice-governador Carlos Brandão ressaltou os avanços do Sistema Penitenciário do Estado nos últimos cinco anos. “É um trabalho sério e com grandes resultados. Hoje temos mais de três mil detentos trabalhando, sendo capacitados; além de inúmeros avanços, que fizeram a nossa gestão penitenciária ser reconhecida internacionalmente e se tornar referência para outros estados”, enfatizou.

A presidente do Instituto Humanitas360, Patrícia Villela Marino, defendeu que a reinserção das internas na sociedade depende fundamentalmente de um processo de reconciliação. “É isso que estamos fazendo com a cooperativa: reconciliando pessoas para que elas possam adquirir uma nova chance, uma nova oportunidade e, assim, aproveitar e desfrutar do convívio cívico”.

“A cooperativa representa uma nova porta que se abre para que a sociedade brasileira compreenda a importância da promoção da dignidade humana no sistema de justiça criminal, valor esse que precisa ser permanentemente resguardado, se quisermos nos fortalecer enquanto sociedade justa e atenta aos direitos fundamentais de todo ser humano”, afirmou o secretário geral do CNJ, desembargador Carlos Vieira von Adamek.